terça-feira, 30 de outubro de 2012

The Name of the Wind


'I have stolen princesses back from sleeping barrow kings. I burned down the town of Trebon. I have spent the night with Felurian and left with both my sanity and my life. I was expelled from the University at a younger age than most people are allowed in. I tread paths by moonlight that others fear to speak of during day. I have talked to Gods, loved women, and written songs that make the minstrels weep.

My name is Kvothe.You may have heard of me'



The Name of the Wind, ou traduzido em português "O Nome do Vento" é uma fantasia escrita por Patrick Rothfuss que conta a história de Kvothe e as suas aventuras. Mas não é uma clássica fantasia com elfos, anões, orcs e outras criaturas fantásticas, onde as personagens usam magia tão facilmente como quem fala latim, para as ajudar na sua tão grande odisseia contra as injustiças do mundo que existem. Não, The Name of the Wind conta uma história muito diferente, aqui o autor decidiu seguir uma via mais científica e muito menos fantástica para explicar os estranho acontecimentos deste mundo.

Como é comum em qualquer fantasia, magia faz parte do seu universo e isso não é excepção em The Name of the Wind, mas como mencionei antes, aqui é preciso mais que uma varinha magica, dizer umas quantas palavras e ver penas a voar e fechaduras a abrir. Não, aqui há uma abordagem mais racional ou pelo menos pseudo-racional para explicar qualquer acto mágico que ocorra.

Magia, ou Sympathy como é conhecido nesta historia, só acontece quando é formado um elo entre duas coisas. Esse elo tem um bom paralelismo com uma frase muito conhecida "Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma", ou seja se por exemplo se se quiser aquecer algo que esta a 5 metros de distância é possível fazê-lo sem estar lá presente, mas uma fonte de calor terá que existir a priori para o conseguir, o que estou a fazer não é nada mais nada menos que deslocar energia térmica de uma dado sitio para outro.

E como é que é possível executar tal feito? aqui entra a natureza fantástica do livro. Para o fazer é necessário com a própria mente criar um elo de ligação, para isso basta simplesmente acreditar no elo, acreditar que se mover uma pedra a outra ao longe também ira mover por simpatia, a criação desse elo é conhecido por Alar. Sendo assim, se a única condição necessária para realizar Sympathy é simplesmente acreditar em algo, ora então qualquer individuo deverá conseguir fazê-lo. Não necessariamente, é preciso acreditar por vezes em condições impossíveis que vão contra o mais básico senso comum, que dificulta a tarefa. E para bom elo, ou um bom Alar, é necessário uma mente perspicaz e astuta.

É possível criar mais que um elo em simultâneo, mas para isso será necessário repartir a mente em varias partes, uma para cada elo diferente. Feito esse que é exponencialmente mais difícil por cada elo criado, porque as varias parte que se dividem da mente tem que trabalhar individualmente para não quebrarem essa ligação.

Um mau Alar ocorre ou por inexperiência da pessoa, ou porque esta a tentar criar um elo de duas coisas muito distintas. Por exemplo, mover uma pedra usando outra, é um caso ideal e quanto mais forem parecidas em forma e aspecto, mais fácil será a tarefa, agora mover uma pedra usando um paú de madeira, já ira gastar muito mais energia devido a fraca semelhança entre os dois. Depois torna-se uma questão de imaginação é possível unir o próprio  sangue a algo, e assim usar o calor do corpo para causar fogo, o risco esta que o utilizador abusar pode entrar em choque hipotérmico, ou até a morte. Sympathy é uma poderosa ferramenta, mas usada incorrectamente(ou pela pessoa errada) as consequências podem ser bastantes más.

Às pessoas que realizam tais proezas são chamados Arcanist, e claro o nosso protagonista desta historia não só é um, como foi reconhecido como um dos melhores, senão o melhor que alguma vez houve.

A história começa numa pequena aldeia isolada de confusão do mundo, mundo este que já teve dias mais pacíficos, guerra ocorre lá fora e dias mais negros estão certamente para vir. Mas nesta aldeia longe disso tudo, existe um estaleiro derigido por Kote, o seu respectivo dono e por Bast o seu ajudante. Acontecimentos invulgares começaram a aparecer e Kote decide tratar deles ele próprio.Numa certa noite violenta ele traz um jovem incosciente para o estaleiro, para poder descansar dos seus ferimentos, ferimentos esses que o próprio Kote recebeu para trazer este jovem de volta. O jovem acorda no dia seguinte recuperado dos acontecimentos da noite anterior, revela que é conhecido pelo o cognome de Chronicler, nome esse que ganhou graças às muitas crónicas que escreveu e é bastante reconhecido por isso mesmo. E é com admiração que Chronicler se apercebe de quem é Kote, apesar de este o negar, Chronicler não tem qualquer dúvida na sua afirmação Kote é o famoso Kvothe the Arcane, também conhecido Kvothe the Bloodless e Kvothe Kingkiller, uma personagem que já ninguém sabia de nada já há muitos anos.

Depois de grande persuasão por parte de Chronicle, Kote decide contar a sua historia para que Chronicle a possa escrever, a verdadeira historia de Kvothe sem mitos nem fábulas a adulterar a verdadeira versão, irá contar a historia de uma pessoa que para Kote já morreu há muitos anos.

E é aqui que começa a verdadeira historia desta grande aventura, Kvothe começa desde cedo como uma criança incrivelmente inteligente para a sua idade ao qual com a ajuda de um Arcanist viajante irá aprender a dominar o seu Alar desde muito cedo. com isso Kvothe irá sonhar um dia ira para a Universidade, uma pequena cidade onde se estuda tudo sobre tudo, onde as pessoas vêem de todo o mundo para aprender e onde claro se formam Arcanists. Mas as coisas não irão correr pelo melhor, antes dessa data Kvothe ficara anos sozinho e irá sofrer por um acontecimento que o iria marcar para o resto da vida. Quando o dia chega para fazer os exames de aferição Kvothe não traz mais do que a roupa que usa, mas promete aos mestres que o estão a avaliar, se o aceitarem será um aluno como nunca antes houve e nunca mais haverá, e assim o foi.

E aqui o autor aproveita muito deste tipo de narrativa, tudo isto já se passa no futuro já sabemos que Kvothe irá fazer coisas incríveis, mas também sabemos que irá perder muito, como ser expulso da universidade e acabar os seus dias como dono de um estaleiro num meio de nenhures. Mas isso só leva o leitor a querer saber mais e estimula a necessidade de compreender como é que tudo se encaixa no final.

The Name of the Wind é uma leitura que recomendo vivamente para qualquer pessoa que goste deste género de literatura, apesar de ainda não haver conclusão já existe dois livros publicados e outro para sair já para o ano. Não dizendo que o livro não tem as suas falhas, como por exemplo para o final do livro Kvothe dedica-se a uma pequena missão pessoal que se arrasta e até se torna um pouco aborrecida, mas mesmo assim ler este livro, é tempo bem gasto.

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